sábado, 27 de fevereiro de 2010

How-to: Multiboot com Hiren's, DSL e Clonezilla

Já tínhamos o pendrive dual-boot com Hiren's e DSL. Não satisfeito, resolvi acrescentar o Clonezilla Live.

Muito simples:
  • Siga esse tutorial.
  • Baixe o Clonezilla Live.
  • Abra o arquivo menu.lst que está na raiz do pendrive e acrescente essas linhas ao final.

title Clonezilla Live

kernel /live/vmlinuz boot=live union=aufs noswap nolocales noprompt ocs_live_run="ocs-live-general" ocs_live_extra_param="" ocs_live_keymap="" ocs_live_batch="no" ocs_lang="" vga=791 toram=filesystem.squashfs ip=frommedia
initrd /live/initrd.img


Ou então, pelo terminal, use
$cat >> menu.lst
e cole as linhas, fechando o arquivo com Ctrl + C.

Atenção: de 'kernel' até 'frommedia' é apenas uma linha, se houver caracteres CR/LF o grub não reconhece os comandos e o Clonezilla não vai subir.

Pronto!

No arquivo syslinux.cfg do Clonezilla tem mais opções de boot. Se quiser colocar mais opções é só adaptar as linhas de comando à sintaxe do grub e inserí-las no menu.lst.

Posts relacionados:
How-to: Dual-boot no pendrive com Hiren's e DSL.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

LaTeX: post 0 de n

TeX: Onde tudo começou

O LaTeX, criado por Leslie Lamport é um conjunto de macros utilizado para facilitar o uso do processador de texto TeX, de Donald Knuth (ele mesmo, do Art of Computer Programming).
Ele gera documentos de alta qualidade tipográfica, facilitando o uso de fórmulas complexas, equações e figuras inseridas no texto, de forma que ele fique com a melhor apresentação possível, deixando o autor focado no conteúdo e não na forma do texto.

O primeiro volume do Art of Computer Programming, foi composto em uma Monotype do séc. XIX, cujo resultado foi muito apreciado pelo autor. Ao receber as provas do segundo volume, que tinha sido composto com técnicas modernas, Knuth achou o resultado horrível. Em suas próprias palavras:
"I had spent 15 years writing those books, but if they were going to look awful I didn't want to write any more."
Digital Typography, p. 5.
Dessa forma, ele resolveu escrever seu próprio sistema tipográfico. Que bom.

Algo incomum é que Knuth paga àqueles que encontram e reportam bugs nas versões estáveis do TeX. O prêmio dobra à cada bug encontrado, atualmente fixado em US$327,68. Normalmente os ganhadores não descontam o cheque e guardam-no como troféu.

À partir da 3, cada versão nova acrescenta um dígito decimal aproximando-o de forma assintótica a pi, sendo que a atual é versão 3,1415926. Quando da morte de Knuth, ela se fixará em pi e todos os bugs serão deixados como estão.

Em breve, mais posts sobre o melhor processador de texto já criado.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Compras com cartão no GnuCash

Comprar no cartão é muito bom. Tira toda aquela culpa de ver suas amadas onças indo embora para a mão do caixa da loja.

Mas o problema está justamente aí. Sem culpa você gasta indiscriminadamente, pois aqueles números na sua fatura não tem o mesmo apelo emocional das onças. E aí, a vaca (ou as onças) vão para o brejo.

Como esse blog não é de auto-ajuda, a tarefa de se entender com sua consciência (ou bolso, chame como quiser) é sua e só vou explicar como gerenciar seus cartões com a ajuda do GnuCash.

Crie pelo menos duas contas:
  • Uma do tipo 'Cartão de Crédito' para o cartão.
  • Uma do tipo 'Despesa' para as taxas, anuidades e afins.
As contas do tipo 'Cartão de Crédito' tendem a zero, pois se tudo estiver correto, uma hora você paga tudo. Já as contas de despesas crescem indefinidamente.

Há várias formas de se fazer isso, mas prefiro a seguinte:
  • Adiciono um lançamento à conta de despesas correspondente, na data do vencimento da fatura, referente a cada parcela da compra.
  • No histórico coloco o nome do produto, o nome da loja, o número da parcela e a data real da compra.
As taxas e outras despesas do cartão devem ser lançadas na conta de despesas criada anteriormente.


Com isso temos controle total das faturas do cartão e seus vencimentos, podendo com poucos cálculos saber exatamente quanto estamos devendo em cada mês, sem sustos.

Posts relacionados:
Controle seu dinheiro com o GnuCash
Juros no GnuCash

domingo, 14 de fevereiro de 2010

The Dead Link Sketch Reloaded.

Motivação


O script Dead Link na sua versão pré-alfa, apresenta alguns efeitos colaterais:
  • De 5 em 5 minutos ele te avisa que o link caiu. Fica meio chato, para dizer o mínimo.
  • Ele não avisa que o link voltou, simplesmente ele para de avisar que o link está fora.
  • Se alguma aplicação usa o link no talo, ele dá um falso positivo. Essa resolução fica para a próxima versão.
Era só rodar o jDownloader que o nosso HAL disparava a avisar que "The link is no more...", que Deus nos livre.

Agora ele está um pouco mais inteligente, avisando apenas uma vez que o link caiu e avisando novamente quando o link está ok. Melhorou muito, não?

Segue abaixo a nova versão. É só substituir o texto no script anterior e pronto, não precisa nem alterar no crontab.

Implementação


#!/bin/sh
HOST_PING=208.67.222.222
ping $HOST_PING -c 1 &>/dev/null
if [ "$?" != "0" ] ; then
RESP=0
else
RESP=1
fi
if [ $RESP == 0 ]; then
if [ ! -e linkdown.lck ]; then
sh /home/oswaldo/scripts/speak.sh "The link is no more! The link ceased to be! It expired and gone to meet its maker! This is an ex link!"
touch linkdown.lck
fi
else
if [ -e linkdown.lck ]; then
sh /home/oswaldo/scripts/speak.sh "The link is up, sir!"
rm linkdown.lck
fi
fi
exit


Edite o seu script para que ele aponte para o speak.sh em sua máquina.
Pronto. Long life and prosper!

Posts relacionados:

The Dead Link Sketch, ou como saber se o link caiu.
Tenha seu próprio HAL com o festival
Novos arquivos de voz para o festival

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Adicionar legendas com o MEncoder

O meu DVD Player, um DVP642k, é um enjoamento para aceitar legendas externas. O arquivo .srt tem de ser salvo e gravado no Windows, seja qual for, para que o mesmo seja reconhecido como um arquivo de legendas. Mesmo adicionando o par CR/LF para fim de linha, ele simplesmente as ignora solenemente. So, fuck off!

Após brigar muito com as 2^56 opções do MEncoder, parece que cheguei à uma configuração decente para adicionar legendas em vídeos com codec xvid. O script abaixo é receita de bolo, não vou ficar explicando o que cada opção faz, leia nesse ótimo mini-tutorial.

Fiquei muito tentado a usar a opção -oac copy, mas todas as vezes ele gerava um atraso insuportável no áudio, então mp3lame nele.

Ao trabalho, então:

$cat > subtitleall.sh
#!/bin/sh
for i in `ls *.srt`
do j=`echo $i | sed 's/\.srt//'`
mencoder -quiet -oac mp3lame -lameopts vbr=3 -ovc xvid -xvidencopts fixed_quant=5
-sub $j.srt -subpos 90 -subfont-text-scale 3 -subfont-outline 2 -subcp ISO-8859-1 -sub-bg-alpha 200 -o $j\_sub.avi $j.avi
echo "Encoding of $j.avi " 'complete!'|festival --tts
done
exit
^C
$chmod +x subtitleall.sh


A linha mencoder é única até a instrução echo.

Esse script adiciona legendas srt aos vídeos avi xvid e avisa quando terminou cada conversão, DESDE que os arquivos estejam com o mesmo nome e SEM caracteres especiais.

Falando em caracteres, preciso de um script de uma linha para remover os []() dos nomes de arquivo. Quando conseguir, posto aqui.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

The Dead Link Sketch ou como saber se o link caiu.

Idéia e motivação


Como eventualmente meu link cai, achei de bom tom que o micro fizesse o favor de me avisar quando isso ocorresse.

Como seria? Uma sirene? Não, muito ruído para pouca coisa. Um sino? Também não, pois isso não é motivo de comemoração.

Daí lembrei de uma ótima sketch do grupo Monty Python: The Dead Parrot Sketch, onde Mr. Praline, interpretado por John Cleese, tenta de todas as formas convencer o vendedor, vivido por Michael Palin, que o papagaio Norueguês Azul comprado há meia hora atrás está morto.

Implementação


Para que o micro fale, usaremos o bom e velho festival e o script speaker.sh já apresentado nesse post.
Depois criamos um novo script chamado testconn.sh com o seguinte texto.

$nano testconnection.sh

#!/bin/sh
DNS_PING=208.67.222.222
ping $DNS_PING -c 1 &>/dev/null
if [ "$?" != "0" ] ; then
sh /home/gama/scripts/speaker.sh 'The link is no more! The link ceased to be! It expired and gone to meet its maker! This is an ex link!'

fi
exit
^C

$chmod +x testconnection.sh


Daí, é só adicionar essa tarefa no crontab, para que o próprio sistema se encarregue de fazer a verificação, sem que tenhamos que usar os detestáveis loops infinitos (sim, eu os odeio), usando o seguinte comando:

$crontab -e

0-59/5 8-23 * * * /home/gama/scripts/testconn.sh

Para sair do editor, digite Shift + : e depois wq!, para salvar e sair.

Significado de cada campo:
0-59/5 -> O comando será rodado de 5 em 5 minutos
8-23 -> das 8 às 23 horas, porque de madrugada eu não quero saber se o link caiu, azar dele.
E os 3 asteriscos são para que ele rode todos os dias, meses e dias da semana, respectivamente.

E pronto, quando o link cair, "The link is no more..." será ouvido, que pena não ser a voz de Mr. Praline.

Até mais!

P.S. Dalai, este post é pra ver se você toma tento e põe o Linux pra rodar.

Posts relacionados:

Tenha seu próprio HAL com o festival

Novos arquivos de voz para o festival 
The Dead Link Sketch Reloaded

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

LFS, ou sobre como fazer um Linux na unha.

Se você gosta de desafios, tais como compilar fontes ou configurar aplicativos direto no vim com arquivos de texto, essa é a sua distro.

Imagine então, na moda faça-você-mesmo, um sistema Linux usável, compilando TODOS os fontes, inclusive o gcc e a famigerada glibc, com tudo o que você precisa, e mais nada. Quer coisa melhor?

O LFS é um verdadeiro curso avançado de Linux, gratuito, que você pode fazer em suas horas vagas, que se tornarão não tão vagas assim.

Ele é dividido em vários livros, entre eles:
Logicamente, você começa com o LFS, e se gostar, parte para os outros. 
O BLFS mostra como fazer do seu LFS um sistema completo, seja ele um servidor, um roteador ou até mesmo um desktop multimídia.
Já o HLFS é focado na segurança do sistema, para servidores ou firewalls.

E para o maluco quem não tem um Linux em casa e quer tentar assim mesmo, tem o LFS LiveCD, que fornece uma base segura para a construção do seu sistema.

Há algumas semanas, resolvi encarar essa e estou gostando muito. Resta saber se o sistema resultante vai subir. Depois eu posto contando os resultados.

Agora as aulas voltam com tudo e vou ter que dar um nice down no projeto. Mas vamos em frente.

Em tempo: use ext3 no sistema base, pois com ele não tive um terço dos problemas sofridos ao tentar usar o reiserfs.

Até a próxima.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Novos arquivos de voz para o festival

Achou pouco ter apenas duas vozes para seu GNU/Linux? Eu, também. Aí, pesquisando pelo Google, achei no site do Instituto de Tecnologia de Nagoya, o projeto de text-to-speech HTS, que tem diversos arquivos de voz, muito menores que os do projeto Festvox, e com desempenho bem semelhante.

Baixe-os com os links abaixo:

http://hts.sp.nitech.ac.jp/archives/2.1/festvox_nitech_us_awb_arctic_hts-2.1.tar.bz2
http://hts.sp.nitech.ac.jp/archives/2.1/festvox_nitech_us_bdl_arctic_hts-2.1.tar.bz2
http://hts.sp.nitech.ac.jp/archives/2.1/festvox_nitech_us_clb_arctic_hts-2.1.tar.bz2
http://hts.sp.nitech.ac.jp/archives/2.1/festvox_nitech_us_rms_arctic_hts-2.1.tar.bz2
http://hts.sp.nitech.ac.jp/archives/2.1/festvox_nitech_us_slt_arctic_hts-2.1.tar.bz2
http://hts.sp.nitech.ac.jp/archives/2.1/festvox_nitech_us_jmk_arctic_hts-2.1.tar.bz2


Descompacte-os e salve na pasta /usr/share/festival/voices/us

Pronto, agora é só escolher uma e usá-la com este comando no festival.

festival>(voice_nome_da_voz)

Ou, pode criar um arquivo ~/.festivalrc com o seguinte conteúdo:

(set! voice_default 'voice_voz)


Onde você substitui voz pela sua preferida. Agora é só usar.

Posts relacionados:

Tenha seu próprio HAL com o festival